segunda-feira, 5 de setembro de 2011

As Assembleias de Deus não aceitam a teologia da prosperidade


Dois anos antes da organização da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) e por ocasião da Convenção Geral das Assembleias de Deus de 1975, o pastor Francisco Assis Gomes declarou que era “necessário ter muito cuidado com certos grupos pentecostais, por causa das doutrinas que anunciam”. Foi uma palavra oportuna, pois uma dessas doutrinas inaceitáveis é a teologia da prosperidade, que tomou conta de todas as igrejas neopentecostais do país. A esse propósito, Ultimato perguntou a Paulo Romeiro, autor do livro “Supercrentes -- o evangelho segundo Kenneth Hagin, Valnice Milhomens e os profetas da prosperidade”, diretor da Agência de Informações Religiosas (AGIR) e professor do Programa de Pós-graduação em Ciências da Religião da Universidade Presbiteriana Mackenzie, se as Assembleias de Deus, eventualmente, poderiam fazer alguma abertura para a teologia da prosperidade. Obtivemos a seguinte resposta:


Embora as Assembleias de Deus sejam oficialmente contra a teologia da prosperidade, não conseguem barrar, totalmente, a influência dessa vertente doutrinária no seu bojo. Por ser muito grande e pela grande difusão da teologia da prosperidade na mídia evangélica, torna-se difícil filtrar tudo o que passa pelos púlpitos de suas igrejas e pelas suas publicações. Já existem pregadores assembleianos que estão constantemente usando na televisão os jargões da teologia da prosperidade, tais como “eu profetizo”, “eu declaro”, “eu determino”, “eu decreto”, “eu sou profeta de Deus para a sua vida” etc. Muitas de suas pregações são mensagens motivacionais ou de autoajuda. Como já expus, o gigantismo da denominação dificulta o patrulhamento doutrinário em todas as esferas de sua atuação.












Fonte:  Revista Ultimato

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