terça-feira, 27 de setembro de 2011

Os sofrimentos da vida presente


    Igreja Evangélica Assembléia de Deus  
  • Ponte Rasa ll
  •   Rua Ponte Rasa, 581  - Cultos: Quartas, Sextas e Domingo                          Escola Bíblica Dominical às 16:45

Não obstante a existência de Deus, a perfeição e a beleza da criação, a doçura do amor, os momentos de intensa alegria, a realização pessoal, o encanto da música, a criatividade humana, a prática religiosa e muitas outras coisas agradáveis — o período de tempo espremido entre o nascimento e a morte não é um mar de rosas.

A dor que envolve o ser humano desde o início está relacionada basicamente com os sofrimentos provocados pela pecaminosidade latente (a chamada depravação total), com os sofrimentos provocados pela enfermidade física, com os sofrimentos provocados pela perturbação mental e com os sofrimentos provocados pela morte.


Os sofrimentos provocados pela pecaminosidade latente


Tanto a literatura religiosa como a literatura secular atestam a dificuldade interior que o ser humano tem de se portar convenientemente. Ninguém está a salvo de uma acentuada e irresistível tendência pecaminosa intrínseca. Nossa história permanente é vergonhosa, desde a queda do homem, desde a inveja de Caim, desde o assassinato de Abel. Nada mudou até agora e não há nenhuma esperança de mudança no horizonte, senão a mudança escatológica.


A melhor análise do problema da maldade humana foi elaborada por Jesus Cristo: “O que sai do homem é isso que o torna impuro. Com efeito, é de dentro dos corações dos homens que saem as intenções malignas: prostituições, roubos, assassínios, adultérios, ambições desmedidas, maldades, malícias, devassidão, inveja, difamação, arrogância, insensatez. Todas estas coisas más saem de dentro do homem e são elas que o tornam impuro.” (Mc 7.20, BV.)


Um contemporâneo de Jesus, Sêneca, que era conselheiro de Nero, disse a mesma coisa: “Somos todos perversos. O que um reprova no outro, ele o achará em seu próprio peito. Vivemos entre perversos, sendo nós mesmos perversos.”


Confissões semelhantes a esta são encontradas com muita freqüência naquilo que os homens dizem e escrevem. O juiz brasileiro Álvaro Mayrink da Costa, por exemplo, explica: “Em todo homem há um leão adormecido e acordá-lo é só uma questão de oportunidade”. Essa tese é reforçada com a seguinte declaração do escritor sérvio Vilosav Stevanovic: “O mal, como o bem, faz parte da condição humana. Antes de combater o mal nos demais, cada um deve combatê-lo no interior de si mesmo.” 


Se o eterno e angustiante problema da pecaminosidade latente não é de alguns nem de muitos, mas de todos, é de se esperar um número cada vez maior de escândalos e um volume cada vez maior de corrupção com o aumento da população do planeta, que hoje ultrapassa a casa dos 6 bilhões de habitantes. Todos os problemas da humanidade decorrem, em última análise, dessa situação de pecado: a fome, a miséria, a concentração de riqueza, a injustiça social, a violência, o crime, a matança, a guerra e até mesmo a globalização.


Os sofrimentos provocados pela enfermidade física


A medicina já fez as contas: são 35 mil rótulos para males que vão da simples dor de barriga aos processos cancerígenos graves. Um terço dessas doenças são de origem genética. Só de tumores malignos há 802 diferentes tipos.


Oficialmente são 300 mil novos casos de câncer por ano só no Brasil. Na verdade, os especialistas garantem que o número é três vezes maior e pode chegar a 1 milhão.


A cada ano, os problemas de coração causam a morte de 300 mil brasileiros e os tumores fazem 114 mil vítimas fatais (no mundo são 7 milhões). Nos últimos 20 anos, 100 mil brasileiros portadores do vírus da Aids morreram (no mundo foram 21,8 milhões).


Para fazer frente a toda essa situação, o Brasil tem 101 escolas de medicina, 14 médicos para cada 10 mil habitantes (número superior aos parâmetros da Organização Mundial de Saúde) e uma farmácia para cada 3 mil habitantes (pela OMS, poderia ser uma para cada 8 mil). O grande problema é que os profissionais de saúde se concentram nas capitais e nas regiões Sudeste e Sul. Por esta razão, mais de 1.200 municípios brasileiros não têm sequer um médico residente. Dos 9 mil novos médicos formados anualmente, quase 90% permanecem nas grandes cidades.


Os sofrimentos provocados pela perturbação mental


Ex-presidente da Associação Mundial de Psiquiatria, o médico brasileiro Jorge Alberto da Costa e Silva lamenta que já tenham catalogado quase 500 tipos de transtorno mental e de comportamento. O número de pessoas ao redor do mundo que padecem de algum tipo de perturbação mental, neurológica, de problemas psicológicos ou relacionados ao uso abusivo de álcool e drogas é um pouco menor que a população da América do Norte e da América Central (400 milhões de pacientes).


Na edição de 2 de abril de 2001, a revista Time estampou em ordem alfabética uma relação de 311 fobias. Entre elas estão a gamofobia (medo de casamento), a hagiofobia (medo de coisas sagradas), a eufobia (medo de ouvir boas notícias) e a fobofobia (medo de ter medo).


Certas palavras como depressão, psicose, neurose, esquizofrenia, demência, paranóia e Alzheimer têm aterrorizado muita gente.


Os sofrimentos provocados pela morte


A criancinha concebida ontem à noite acaba de entrar na lista daqueles que estão à espera da morte. Pode ser que ela se livre de algum acidente espontâneo ou criminoso, que provoque sua retirada prematura do útero materno. Pode ser que ela encontre um berço esplêndido para nascer e peitos para mamar (Jó 3.12). Pode ser que ela tenha infância, adolescência e juventude sem risco de acidente doméstico e de trânsito, sem risco de contrair uma doença terminal e sem risco de ser assassinada. Pode ser que ela se case, tenha filhos, trabalhe e se aposente aos 65 anos. Pode ser que ela ultrapasse a expectativa de vida dos canadenses, a maior do mundo: 78,7 anos. Pode ser que ela viva mais tempo que o embriologista Viktor Hamburger, que morreu aos 100 anos. Todavia, mais cedo ou mais tarde, essa pessoa vai morrer inexoravelmente, nem que seja por falência múltipla dos órgãos. A única diferença entre ela e a maioria dos outros mortos é que ela terá ficado mais tempo na lista de espera. A expectativa de vida está aumentando em quase todo o mundo. E deve continuar em alta. Daqui a 25 anos, a expectativa de vida dos brasileiros (agora de 68,5 anos) será 10,5 anos mais alta. Como conseqüência, o número de idosos também está em elevação: o Brasil terá 32 milhões de idosos em 2025, contra 17 milhões hoje. Porém a única vitória que estamos alcançando é empurrar a morte um pouco mais para a frente.


A morte continua sendo o “rei dos terrores” (Jó 18.14), aquele deus cananeu, “cujo lábio inferior toca a terra e o superior, o céu, de modo a engolir tudo” (Bíblia de Estudo de Genebra). A morte continua sendo “a angústia básica de todo ser humano” (Ana Maria de Souza Barbosa). A morte continua sendo “a grande neurose das civilizações” (Roberto Chabo). A morte continua sendo “uma das mais teimosas e iniludíveis manifestações da finitude e impotência humana” (J. J. Tamoyo). A morte continua sendo “a mais fria utopia”, “a aniquiladora de toda felicidade e dissolvente de toda comunidade”, “a maior de todas as desgraças humanas”, “o maior enigma da condição humana e o mais difícil de decifrar” (Dicionário de Pastoral, p. 358).


Em seu discurso de renúncia ao mandato de senador, em maio, o político baiano Antonio Carlos Magalhães acertou em cheio sem o saber: “O pior inimigo é o último”. Esse último inimigo não é uma pessoa física, mas a morte, pelo que se lê numa das Epístolas de Paulo: “O último inimigo a ser destruído é a morte” (1 Co 15.26).


Temos muitos medos


Os trinta diferentes medos listados a seguir foram retirados de uma relação de 313 fobias compiladas por Fredd Culbertson e publicadas na revista Time.


Ambulofobia — medo de andar
Atelofobia — medo da imperfeição
Aurofobia — medo do ouro
Bacilofobia — medo de micróbios
Bibliofobia — medo de livros
Cancerofobia — medo de câncer
Cardiopatofobia — medo de doenças do coração
Cosmetrofobia — medo de cemitérios
Demonofobia — medo de demônios
Dismorfofobia — medo de aleijão
Eclesiofobia — medo de igreja
Eufobia — medo de ouvir boas notícias
Gamofobia — medo de casamento
Fobofobia — medo do medo
Hagiofobia — medo do sagrado
Heterofobia — medo do sexo oposto
Hidrofobia — medo de água
Homilofobia — medo de sermões
Homofobia — medo da homossexualidade
Leprofobia — medo de lepra
Melofobia — medo de música
Menofobia — medo da menstruação
Necrofobia — medo da morte
Papafobia — medo do papa
Pirofobia — medo de fogo
Satanofobia — medo de Satanás
Uranofobia — medo do céu
Vacinofobia — medo de vacina
Xenofobia — medo de estrangeiros
Zoofobia — medo de animais

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