segunda-feira, 25 de julho de 2011

Sob o ponto de vista cristão, a reencarnação é uma mentira

A mentira existe. Continua sendo um instrumento muito usado e muito eficiente. É tão antiga quanto o próprio homem. Faz muitas vítimas. Em alguns casos, tem vida curta. Em muitos outros, tem vida longa. Há mentiras que atravessam séculos. Não poucas pessoas nascem, vivem e morrem debaixo da mentira.

Presente nas relações familiares, sociais e diplomáticas, a mentira faz parte intrínseca do comércio, da política e da religião. O verdadeiro motivo de uma guerra nunca é declarado: sempre se apresenta uma elaborada mentira para justificar o conflito e obter a adesão dos que, na verdade, vão pagar o preço dela.

Porque mexe com o que o homem tem de mais precioso, a mentira na área religiosa é a mais hedionda e a mais nefasta de todas. A primeira mentira da história humana é de fundo estritamente religioso. Ela perturbou o bom relacionamento da criatura com o Criador e provocou a chamada queda do homem. Por meio dela, o pecado entrou no mundo, trazendo todas as tragédias e todas as desgraças que desde então acometem o ser humano. Essa mentira aconteceu no Jardim do Éden, o berço da civilização. Deus havia dito a Adão com absoluta clareza: “No dia em que comeres da árvore do conhecimento do bem e do mal, certamente morrerás” (Gn 2.17). Mas a serpente, personificação de Satanás, contradisse a voz de Deus e declarou à mulher: “É certo que não morrereis” (Gn 3.4). Nenhuma outra mentira foi tão desastrosa quanto essa.

Quando Jesus ressuscitou, na presença da escolta que guardava o túmulo, os principais sacerdotes ofereceram aos soldados grande soma de dinheiro para eles esconderem o fato da ressurreição e divulgarem a versão de que os discípulos haviam roubado o corpo do Senhor durante a noite (Mt 28.11-15). Essa é outra mentira de conotação religiosa tremendamente absurda.

Ao longo da história, Deus tem levantado profetas que falam da parte dele com o propósito de desobstruir o caminho e abrir clareiras de salvação. Ao mesmo tempo, outros profetas se levantam e anunciam mensagens diferentes. Como conseqüência, aqueles que já estavam sendo alvos da misericórdia divina, voltam atrás e se perdem por completo. Isso aconteceu diversas vezes com o povo de Israel no Velho Testamento e acontece hoje. O caso mais dramático envolve o profeta Jeremias, que exerceu o seu ministério entre os anos 627 e 587 a.C., antes do cerco e da tomada de Jerusalém pela Babilônia. Enquanto ele anunciava com autoridade e insistência a proximidade da terrível tríade espada, fome e peste (Jr 24.10), os falsos profetas rebatiam com insistência: “Nenhum mal nos sobrevirá, não veremos espada nem fome” (Jr 5.17). Alguém estava pregando uma mentira. Só depois da destruição de Jerusalém por Nabucodonosor no ano 586 a.C. é que a mentira dos falsos profetas ficou a descoberto. Porém, já era tarde demais.

Existe uma mentira chamada reencarnação, que desvia definitivamente o homem da cruz de Cristo. Ela é muito antiga. É muito mais velha que o cristianismo. Os primeiros registros da reencarnação de que se tem notícia situam-se na Índia, no ano 700 a.C., no seio do hinduísmo. Nesse tempo, Ezequias era rei de Judá. Isso quer dizer que a reencarnação tem pelo menos 2.700 anos.

A reencarnação é uma mentira porque exclui impiedosamente o perdão de Deus, aqui e agora, desde que haja convicção de pecado, arrependimento e conversão, tudo por causa do sacrifício expiatório de Jesus Cristo. No lugar da mensagem da maravilhosa graça, coloca-se a impiedosa mensagem de que cada um deve expiar seus próprios pecados por meio de vidas sucessivas.

De todas as mentiras de fundo religioso, a reencarnação é a mais antiga, a mais perseverante, a mais ampla, a mais atual e a mais iníqua.



A má notícia e a boa notícia

Há uma má notícia e uma boa notícia. Aquela é a reencarnação; esta é a salvação.
A má notícia cobra a dívida até o último centavo. A boa notícia perdoa a dívida (Cl 2.13, 14).
A má notícia deixa todo o fardo nas costas do devedor. Ele que se vire. A boa notícia transfere todo o fardo para os ombros de Jesus Cristo (Is 53.6).
A má notícia coloca o devedor num ciclo infinito de nascimento, morte e renascimento. A boa notícia coloca o devedor no patamar do paraíso (Lc 23.43).
A má notícia transfere o devedor de cadeia em cadeia. A boa notícia tira o devedor da cadeia (Cl 1.13, 14).
A má notícia fala de muitas mortes. A boa notícia fala de uma só morte (Hb 9.27).
A má notícia prega o renascimento. A boa notícia prega a ressurreição (Jo 11.25).
A má notícia promete a iluminação. A boa notícia promete a glorificação (Rm 8.18).
A má notícia glorifica o homem. A boa notícia glorifica a Deus.
A má notícia estimula as boas obras como instrumentos de purificação. A boa notícia estimula as boas obras como instrumentos de adoração (Mt 5.16).
A má notícia pretende resolver o problema do sofrimento humano aos poucos, vagarosamente. A boa notícia pretende resolver o problema do sofrimento humano de uma hora para outra, “num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta” (1 Co 15.52).
A má notícia é atribuída em grande parte à revelação dos espíritos dos mortos. A boa notícia é atribuída à revelação do Espírito do Deus vivo (Is 8.19, 20).

Quando a má notícia já dominava o Oriente e o Ocidente por meio do hinduísmo, do budismo e do platonismo, a boa notícia surgiu nas montanhas ao redor de Belém, no dia do nascimento de Jesus, por boca de um anjo: “Estou lhes trazendo boas novas de grande alegria, que são para todo o povo: Hoje, na cidade de Davi, lhes nasceu o Salvador que é o Cristo, o Senhor” (Lc 2.10, 11, NVI).

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