Não sei se você já se pegou achando que é de outro planeta ou que, no mínimo, está sozinho e ninguém mais faz o que você faz ou pensa como você. Bem, essa "sensação" não é nova. Elias sofreu desse complexo e, contrariado, soltou um "sou o único que sobrou" (1Rs 19.10), numa época em que as coisas não andavam muito bem para o lado dele.
Nos últimos anos, as “tendências” parecem conspirar para o mesmo sentimento entre os cristãos. A propaganda, os discursos, os exemplos sob os holofotes das redes de televisão, as celebridades — todos parecem repetir: “todo mundo faz”, “todo mundo usa”, “todo mundo...”. Logo, como Elias, somos tentados a murmurar: “sou o único que sobrou”.
Mentira. Essa é a boa notícia. A propaganda é mentirosa. A “tendência” é, no máximo, uma isca. E como qualquer boa isca, um engodo. A televisão, bem, a televisão é quase alguns poucos neurônios cercados por um monte de músculos por todos os lados.
Atenção. No carnaval, a propaganda, as “tendências”, os exemplos, as celebridades tomam de assalto as ruas e, claro, a sua televisão. E, você, assim como eu, invariavelmente vai resmungar: “sou o único que sobrou”.
Bobagem. Para o espanto de Elias, alguns milhares, que ele não tinha ideia de quem eram, não seguiram a “tendência” que, na época, respondia pelo nome de Baal. Elias, eu e você não estamos sozinhos.
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