segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Biblioteca Virtual - Dê-me ânimo - Charles Swindoll

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Dê-me ânimo. Livro do Charles Swindoll. Veja abaixo a introdução do livro.

Introdução

Dê-me ânimo. Talvez você não o tenha dito em voz alta nos últimos dias. Mas as possibilidades são de que você tenha moldado as palavras nos vestíbulos silenciosos de sua alma.
Dê-me ânimo. Por favor.
Talvez você não tenha detido alguém na rua e dito exatamente essa frase. Mas se alguns que se importam bastante olhassem bem de perto . . . veriam as palavras escritas no seu rosto carrancudo, nos ombros encurvados, nos olhos súplices. Ouviriam as palavras ecoa rem em seus comentários descuidados e nos suspiros suprimidos.
Se a verdade fosse conhecida, revelaria que você implora por algum alento. Procurando o. Ansiando o. E provavelmente em aflição por ter descoberto que o produto está em falta.
Estou certo? Foi aí que você esteve ultima­mente? Hibernando na caverna do desânimo? Afagando suas feridas sob algumas nuvens pesadas, escuras, que não se dissipam? Pensando seriamente em renunciar à raça humana?
Se assim for, você está indiscutivelmente desprovido de reforço e de afirmação nestes dias. Começa a perguntar-se não quando che­ga o alívio, mas se ele algum dia virá, certo? Muito embora você não se sinta com vontade de ler nada, realmente creio que estas páginas trarão ajuda. Escrevo-as tendo em mente pes­soas como você . . . pessoas que começaram a questionar suas próprias palavras e a duvidar de seu próprio valor. Pessoas que se acham presas ao vale onde o sol raramente brilha e os outros raramente se importam com al­guém.
Esse é você, não é?
Esse também sou eu mais vezes do que se possa imaginar. As compridas sombras do desânimo muitas vezes têm-se estendido ao longo de meu caminho. Essas ocasiões têm sido acridoces — acres a princípio, doces mais tarde. Por isso, entendo. Não escrevo com base em teoria estéril, mas baseado na reali­dade. Minha pena mergulhou num poço pro fundo. A tinta tem sido escura e muitas vezes fria. Nessas ocasiões tenho lutado com uma falta de autovalor . . . batalha comum travada no vale.
Por favor, deixe-me introduzir neste mo­mento uma verdade significativa: Você ainda é valioso. Ainda conta. Sim, você. O "você" que há dentro de sua pele, que tem sua personalidade e sua aparência. Não importa o que afinal lhe conduziu aonde você está hoje, você é a pessoa com quem eu gostaria de conversar por alguns instantes. Muito embora talvez se julgue desnecessário aos outros e que nin­guém tem notado sua presença, eu ainda gos­taria de trocar algumas palavras com você. Sim, mesmo que você seja sujo e culpado.
Tenho apenas um alvo em mente: incenti­vá-lo.
Você familiarizou-se com desapontamen­tos, com sonhos desfeitos e com desilusão. Crise parece ser sua companheira mais ínti­ma. Como um malho de cinco quilos, sua dor de cabeça o vem martelando perigosamente ao ponto de levá-lo ao desespero. A menos que eu esteja errado, o negativismo e o cinismo se infiltraram em sua conduta. Você vê pouca esperança no dobrar da esquina. Como disse um gaiato: "A luz que se vê no fim do túnel é o farol de um trem que se aproxima." Você concorda com um aceno de cabeça, mas é provável que não esteja sorrindo. A vida tor­nou-se terrivelmente sem graça.
Amigo cansado, cambaleante, abatido, de­sanimado, tenha ânimo! O Senhor Deus pode erguê-lo e ele o fará. Não há cova tão profunda que ele não seja mais profundo ainda. Não há vale tão sombrio que a luz de sua verdade não possa penetrar. Em sua própria maneira inescrutável, ele usará o discernimento destas poucas páginas para trazer de volta o único ingrediente que derramou de sua vida. Enco­rajamento.
Se você sente falta desse ingrediente, e ne­cessita dele e o deseja, continue a ler. E se o encontrar, divulgue-o por todos os meios!
Alguém perto de você pode estar pensando em desistir da busca.
Charles Swindoll


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