sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

O Evangelho da Cruz...

Neste Novo Ano queremos (como igreja) em Ponte Rasa II ouvir a voz de Deus para seremos verdadeiros discípulos de Cristo e não meramente versões “cristãs” do sucesso e do modelo que a nossa cultura consumista promove.
"Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal. Nasceram-lhe sete filhos e três filhas.Possuía sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois e quinhentas jumentas; era também mui numeroso o pessoal ao seu serviço, de maneira que este homem era o maior de todos os do Oriente". Jó 1.1-3
Entre os "evangelhos" pregados na atualidade, talvez um dos mais evidentes seja:
o evangelho da prosperidade.
O Livro de Jó é talvez a maior correção ao evangelho da prosperidade no Antigo Testamento, pois no fim, os advogados deste evangelho, os “amigos” de Jó, são revelados como errados. O evangelho da prosperidade funciona assim: se você for íntegro na sua caminhada com Deus, prosperará. Terá a vitória. O inverso também é verdade: se não prosperar é porque há algum pecado ainda na sua vida. Deve ter deixado uma brecha para o diabo e está sofrendo as consequências. Este é exatamente o “conselho” dos amigos de Jó e eles estavam tragicamente errados.
Os primeiros versos do Livro de Jó preparam este cenário. Os múltiplos de 10 (7 filhos mais 3 filhas = 10; 7.000 ovelhas mais 3.000 camelos = 10.000; 500 pares de bois mais 200 jumentas = 1.000) no mundo antigo indicavam compleição e o superlativo no final apenas confirma este indício: “era o maior de todos os do Oriente”. E mais importante ainda, era homem “’íntegro e reto”. Logo será vitorioso?
Temos que admitir: todos nós (há realmente alguma exceção?) desejamos sucesso. Todos queremos ter vitória. Todos nós desejamos prosperar. O Livro de Jó redefine o conceito de bênção e prosperidade e esclarece qual é o árduo caminho para a “vitória”. Assim aponta na direção do evangelho de Cristo que é o evangelho da cruz.

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